É galera, pra vocês verem como a coisa tá bizonha, até o Rafinha Bastos tá expondo o transporte público na nossa cidade maravilhosa. Seguem abaixo os vídeos (em partes) da matéria de ontem de "A Liga". Confiram!
O que elex expõem aí (e o que a gente infelizmente já sabe) é que o Rio precisa melhorar (e muito!) se quizer ter estrutura de transportes para os eventos que vem por aí, como Copa e Olimpíadas. Eu espero que essa tal TransCarioca, TransOeste e TransOlímpica resolvam alguma coisa, porque o "bagulho tá sinistro!".
Então, eu sempre tive vontade de escrever sobre como seria bom se as pessoas tivesse o mínimo de bom senso, educação mesmo, não são todos mas a grande maioria não tem o mínimo de educação com as outras pessoas. Foi pensando nisso que a partir de hoje vou listar coisas que acontecem no cotidiano do trem, incomodam mas ninguém reclama, sabe-se lá porque, mas usando a visão da "Cartilha do Bom Senso" ou CBS.
E vamos ao episódio de hoje, o primeiro desta saga.
#1 - OS PEREGRINOS.
Já repararam que existem um grupo de pessoas que por mais cheio que esteja o trem, eles saem lááááá de trás do último vagão e começam uma longa jornada cheia de perigos, trombadas e falta de bom senso. E senso de INTELIGÊNCIA! Até o 1° vagão.
Como explicar uma coisa que não tem explicação? O sujeito sai de lá onde ele está e vai incomodando a todos, com esbarrões e pisões e toda sorte de "ões" que se pode imaginar, e isso pra que? Pra PORRA nenhuma! Acham que saindo e peregrinando entre os vagões até chegar ao destino tão sonhado, o 1° vagão, que por sua vez já esta lotado, fica mais cheio ainda, há pessoas que levam isso como um estilo de vida, sei lá, uma realização pessoal ou algo para se contar aos netos, uma coisa assim, sem sentido algum. Será que é para o ganho de tempo? Que tempo? Qual é a melhor solução? Andar de vagão e vagão, no meio de um tumulto ou simplesmente descer na Central onde terá mais espaço e não vai incomodar ninguém com essa estupidez.
E se é para ganhar tempo? Quanto tempo se ganha com essa peregrinação? Você sabe, Sr. Peregrino? Pois é, nem eu.
Então fika Dika:
Fique onde está, não tem porque sair andando que nem um retardado no meio das pessoas onde não se tem espaço para isso. E quando chegar a Central ou na sua estação de destino, você vai ver que é muito mais fácil de se locomover, simples né?
Cara, hoje pra mim foi a gota d'água! Sabe quando você já está aguentando, aguentando... aí tem uma hora que você praticamente explode? Pois é, foi o que aconteceu comigo hoje.
Primeiro quero deixar bem claro que não sou à favor da violência em nenhum sentido (física, verbal, moral), mas que as vezes tem gente que merece. Também não sou racista, portanto, se alguém se ofender com o que vou falar embaixo (piadas), já deixo meus mil perdões registrados.
Ok, vamos aos fatos.
7:45 da manhã estava eu na estação de Olinda, como de costume, pra poder vir trabalhar. Vieram 2 trens tão mas tão cheios, que não consegui entrar. Até aí tudo bem, mandei uma mensagem pra minha chefe dizendo que iria atrasar por conta disso. Às 8:17, quando consigo pegar o maldito trem, tem um filha da puta infeliz (que só podia ser preto e pagodeiro, com um cordão enorme de bijouteria barata e um pingente descascado de São Jorge), tá com uma porra daquelas caixas de som gigantescas que tem entrada USB/Cartão de Memória, ouvindo pagode no trem em alto e bom som. O mais legal é que todo mundo tava incomodado E NINGUÉM FALAVA NADA! Em toda estação que parávamos tinham 2 ou 3 agentes nas plataformas (pois eu estava no primeiro vagão) e nenhum deles fez nada também.
O FDP é esse cara de óculos aí...
Eu estava quase partindo pra cima do infeliz (porque eu tava do lado dele), mas ele (por minha sorte e alívio) desceu em Madureira, e nem se deu ao trabalho de desligar não, saiu com o troço ligado no meio dos agentes e subiu de boa as escadas.
Supervia, cadê os agentes pra controlar isso cara? Que eu saiba esse tipo de coisa é proibido por lei. Se eu entrasse com uma arma e atirasse no aparelho do cara, duvido que não ia ter um agente ou um passageiro filha da puta qualquer pra me denunciar. Já basta a gente ter que pegar trem cheio, ir em pé, com gente fedendo, ambulante gritando, um calor da porra, pastores querendo evangelizar a gente, pessoas fumando (sim, noutra vez tinham pessoas fumando MACONHA na estação de Olinda, absurdo), ainda temos que nos submeter aos gostos musicais dos outros?
• Praticar qualquer atividade que venha a perturbar os passageiros;
• A entrada ou permanência de pessoas que se apresentem ou se comportem de forma inconveniente;
PAÍS DE MERDA! Caralho! Eu tenho meu fone de ouvido e não perturbo ninguém com minhas músicas malucas. A vontade que dá é comprar um troço parecido e só colocar Rock pesado, duvido que não vai chegar um pra reclamar... agora quando colocam pagode e funk pornográfico, ninguém reclama né?
AH, mas naõ acabou não. Eu fiquei tão revoltada que todos esses meus pensamentos estavam rodopiando na minha mente, que fui direto do trem pra ouvidoria na Central do BRasil... mas o caralho da atendente tava conversando com uma mulher que tava trocando uma porra dum chinelinho promocional, e não me deu atenção. Tive q sair logo senão ia chegar mais atrasada ao trabalho ainda, mas não pensem que desisti. Uma hora vou chegar lá e gravar toda a conversa, quero só ver qual vai ser a solução que eles vão me dar. Independente disso, vou também procurar orientação judicial, porque eu quero uma solução, o que não pode é as coisas continuarem acontecendo e ninguém fazer nada.
Não quero nem saber quantos agentes eles vão contratar pra ficar vigiando isso, não quero nem saber se vai atrasar a viagem dos outros passageiros, não tô nem aí o quanto eles vão gastar com isso, só quero que resolva! E se não tiver autoridade pra resolver, aí nós vamos resolver de outra forma.
Juro que a vontade que dá é juntar um grupo de rockeiros e entrar num vagão onde esteja um fdp ouvindo funk e derivados, pegar o aparelho dele e jogar pela janela. Tem que ser em grupo, pq os fdps andam em bando, como diz meu amigo Alex Pedrosa no vídeo abaixo:
(tudo bem que ele fala de ônibus, mas nos trens acontece exatamente a mesma coisa)
No Metrô Rio, eles tem MENOS movimentação que em todas as linhas da Supervia, mas tem como arcar com UM AGENTE EM CADA PORTA! E aí Supervia, vai ficar pra trás? Vocês já tiram dinheiro a beça da gente, duvido que não tenha como contratar mais agentes pra trabalhar direito, sim, trabalhar direito, porque os que tem não fazem porra nenhuma:
- Na estação de Olinda os agentes ficam só na bilheteria, na parte de cima, conversando no celular. Certa vez enquanto entrava vi um falar "aqui é bom né, a gente não faz nada!", e enquanto isso tinha gente pulando as grades pra entrar de graça e gente fumando maconha na plataforma);
- Nas estações subsequentes eles só sabem apitar aquela porcaria irritante pra fechar as portas (aliás, fechar as postas é a única coisa que eles se prezam a fazer, mas mesmo assim existem vagões que vão com portas abertas);
- Na estação de Nilópolis eu não vejo UM agente sequer pela parte da manhã, se está lá, fica escondido, ou à paisana (não sei pra que);
- Os vagões femininos não funcionam do jeito que deveriam... ontem mesmo peguei um às 8 da manhã e tinha mais homem sentado do que mulher.
Fora o fato de que os trens também andam caindo aos pedaços. Já tem 3 vezes que peguei o mesmo trem, que no primeiro vagão, a segunda porta está com defeito (não abre), então fica um vácuo naquela parte, enquanto as outras portas ficam quase explodindo de tanta gente que empurra.
Porra Supervia! Dá pelo menos um pouquinho de dignidade pra gente poder trabalhar cacete! A gente paga por isso, temos todo o direito de reclamar!
PS: Enviei uma reclamação pelo Site da Supevia, e reencaminhei esta postagem à todos os membros da Assessoria de Imprensa da Supervia.
Se você tiver 5 minutos livre, abra seu e-mail e envie o link (ou o conteúdo inteiro) deste post aos seguintes e-mails: uyara.assis@cdn.com.br, silvia.souza@cdn.com.br, rodrigo.dutra@cdn.com.br, rodrigo.karl@cdn.com.br.
Vamos encher o saco deles, pra ver se fazem alguma coisa...
Olá caros leitores sofredores da Supervia!
Quem vos fala é a Joyce, criadora do blog, e empreiteira do projeto "Trem.rar", antigamente "Crônicas de um trem lotado", que era postado apenas no Facebook, via meu perfil.
Diante de muitos comentários de pessoas dizendo "vc deveria fazer um blog" e etc, cá estou eu, fazendo o tal blog. Porém, eu sempre abandono meus blogs, seja por um motivo ou por outro, e é por isso que estou contando com alguns colaboradores, que também sofrem diariamente com a superlotação dos transportes públicos, especialmente os trens da Supervia, no ramal de Japeri.
Vou criar uma hashtag chamada #tremrar, pra que todo mundo possa seguir nossas desventuras sempre que quizer.
Aos poucos vou recolocar minhas aventuras aqui (vou copiar do Facebook), porque nem todo dia acontece alguma coisa interessante nos trens né?
Então, pra todos que nos lêem, sejam bem vindos, e divirtam-se com a desgraça alheia! ;)
